Fala galera que curte o FP \o/, a Penalty é a maior marca brasileira de materiais e atingiu esse posto principalmente pela fabricação de produtos excelentes, feitos com materiais de primeira qualidade, que permitem a proteção do atleta aliada com otimização da performance.

Assim como fizemos com as chuteiras (Confira AQUI), hoje trazemos o detalhamento da confecção produzida pela marca, especificando os principais materiais e tecnologias utilizadas e, na sequência, uma entrevista com a Dra Nicole Fravetto, para tirar algumas dúvidas frequentes dos atletas.

 Principais materiais utilizados para confecção esportiva:

  1. Poliéster – Trata-se de um tecido sintético, de custo acessível, confortável, difícil de ser amassado e bastante modelável. Apresenta grande resistência à choques, o que garante durabilidade com a prática de futebol.
  2. Poliamida – Tecido bastante macio, flexível e confortável, permite rápida absorção do suor, garantindo a troca de calor, sendo, portanto, ideal para dias de calor mais intenso. Apresenta alta resistência mecânica, o que possibilita a variação de acabamentos têxteis e garante um visual diferenciado.
  3. Poliéster + algodão (Duoconfort) – Essa malha mista traz mais benefícios que a 100% algodão isolada (que dificulta a troca de calor, e a evaporação do suor). O fato de ter poliéster na composição torna as peças mais confortáveis e respiráveis, além de deixá-las menos propensas a encolher com a lavagem.
  4. Poliéster + Elastano – O Elastano agrega ao Poliéster puro maior durabilidade e elasticidade, aumentando ainda mais o conforto para prática esportiva.

Tecnologias da roupas da Penalty:

                                                         Mais detalhes em: https://www.penalty.com.br/tecnologias

Confira mais informações sobre a confecção da penalty no canal da marca no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=G5ASOMd1j1A&feature=youtu.be (colocar o vídeo no post)

Para esclarecer mais detalhes sobre a importância da escolha do seu material esportivo e os benefícios relacionadas à ela, convidamos a Dra Nicole Fravetto para uma entrevista sobre o tema, confira a seguir!

Dra Nicole Fravetto é médica do esporte e do exercício, formada pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo – EPM/UNIFESP. Tem vasta experiência com atendimentos em campo, incluindo atuação nas categorias de base do São Paulo FC, categorias de base do Corinthians feminino, Seleção Brasileira de Rugby além de ser médica plantonista do Desportivo Brasil.

  1. A qualidade do material do uniforme que utilizo para jogar interfere no meu desempenho? Quais são os principais tipos que existem?

O desempenho de um atleta no futebol depende de um número muito grande de fatores. Há esportes nos quais a influência do traje esportivo é muito óbvia (em geral, esportes individuais cujo tempo de prova dependa grandemente da resistência do ar ou da água), e o futebol não é um deles – a roupa tem um papel secundário.  No entanto, dentre os materiais próprios para a prática esportiva, a qualidade do tecido em si pode se tornar mais relevante quando o futebol é jogado em ambientes extremos (temperaturas muito baixas ou muito altas, excesso de umidade, etc). Vale lembrar que certamente há diferença entre as roupas que são feitas pra praticar esportes e as que não são. Dando um exemplo extremo, ficaria complicado jogar futebol vestindo jeans, né?

O mercado oferece uma infinidade de opções de tecidos para a prática esportiva, com cada vez mais tecnologias associadas. Os mais comuns são os tecidos sintéticos, como poliéster, poliamida e elastano. (Confira o detalhamento dos materiais realizado acima)

  • Como funciona a regulação da temperatura corporal durante um treino? Qual a importância de mantê-la em níveis adequados? O meu uniforme interfere nisso?

Durante o exercício o corpo produz uma quantidade muito grande de calor, no  entanto, o corpo humano precisa estar numa faixa relativamente estreita de temperatura para o seu correto funcionamento, por isso possuímos uma série de mecanismos para manter a temperatura interna estável. O calor pode ser transferido do corpo para o ambiente e vice-versa por meio de três processos físicos – condução, convecção e irradiação. Como o fluxo de calor se dá do mais quente para o mais frio, se o corpo humano não tivesse um mecanismo adicional (quando a temperatura corporal aumenta muito, há produção e evaporação de suor, liberando calor no ambiente), não seria possível manter a temperatura interna em ambientes muito quentes.

O aumento da temperatura corporal pode impactar tanto na performance quanto na saúde do atleta, levando desde a exaustão precoce, cãibras, aumento do estresse cardiovascular até intermação – condição médica grave que necessita de atendimento de emergência. Já o frio extremo pode levar a hipotermia, além de diminuir a performance, devido ao maior gasto energético para manter a temperatura e ao prejuízo na coordenação e capacidade de exercer força máxima. 

A escolha do uniforme pode interferir, em maior ou menor grau, em todos os mecanismos de transferência de calor citados.

  • E sobre o suor? É importante a absorção feita pela roupa ou isso não importa?

Importa! A evaporação do suor é o nosso principal mecanismo de termorregulação, por isso é importante que o tecido escolhido, ao invés de reter a umidade e prejudicar a troca de calor, permita que o suor da pele atravesse para a camada externa do material para posterior evaporação.

  • As bermudas e camisas térmicas realmente funcionam? Qual a utilidade delas?

Sim, mas não para o fim que os jogadores de futebol costumam usar. As roupas térmicas ajudam a reter o calor no corpo, sendo uma ótima opção para ambientes muito frios. A tecnologia desses tecidos possibilita se manter aquecido sem necessitar de roupas muito volumosas ou várias camadas de roupa, o que dificultaria a evaporação do suor e representaria um peso extra para o atleta carregar. Se bem empregadas, podem ajudar a diminuir os prejuízos do frio na performance. Pensando na termorregulação, não são uma opção muito inteligente para o calor. Além de dificultar o resfriamento do corpo, as camisas de manga comprida representariam uma barreira extra para a evaporação do suor numa área que poderia estar descoberta (a forma mais eficiente é deixar o máximo de pele em contato com o ambiente). Já as roupas de compressão, apesar de também afetarem a termorregulação, podem trazer alguns benefícios no desempenho e recuperação. Vale lembrar também que muitas pessoas utilizam essas peças de roupa extra para evitar lesões de pele em áreas de fricção, diminuindo o atrito (pessoas com coxas mais grossas, por exemplo). Para esse fim eu considero extremamente útil.

  • Quais dicas gerais você daria para o momento de escolher meu material esportivo?

Prefira roupas leves e próprias para a prática esportiva, fabricadas a partir de materiais que permitam a evaporação do suor e não fiquem encharcados facilmente (rápida secagem). O conforto e caimento são primordiais, por isso experimente as roupas sempre que possível e escolha o tamanho e corte adequado ao seu tipo de corpo, garantindo a mobilidade necessária para a prática do seu esporte. Prefira cores claras, pois roupas escuras tendem a absorver mais calor na forma de radiação. O mercado ainda oferece tecidos com tratamentos especiais que garantem proteção UV, o que deixa a pele mais protegida do sol, e proteção antibacteriana, que ajuda a minimizar possíveis odores.